domingo, 17 de maio de 2009

Superprodução nacional tem ótimas atuações mas história fria

“Budapeste”, adaptação do livro de Chico Buarque não empolga e em certas partes do filme chega a dar sono



Divulgação/Imagem Filmes

O filme é uma grande produção realizada por Brasil, Portugal e Hungria. Segundo Rita Buzzar, produtora e roteirista do longa, foi feito um alto investimento. “Foi feito um investimento de R$ 6 milhões, o Brasil investiu R$ 3,8 milhões e R$ 2,2 milhões couberam a Hungria e Portugal”, explicou.

Rita contou, ainda, que foram feitas várias adaptações no roteiro do longa. “O filme tem vários elementos que não existem no livro, além termos deixado o tempo exato dos acontecimentos de lado para dar uma sensação de não linearidade na trama”, contou.

Mesmo com todo investimento em produção e as adaptações no roteiro, o filme não empolga. As locações, principalmente, na Hungria são belíssimas, como por exemplo a imagem de Lênin sendo transportada de barco pelo rio Danúbio, mas um filme precisa muito mais do que belas imagens para ser considerado bom.

O filme conta a história de José Costa, um escritor anônimo, interpretado por Leonardo Medeiros e que é casado com Vanda, uma apresentadora de jornal que sonha em ter um filho e um marido mais atencioso, interpretada por Giovanna Antonelli. A vida de Costa muda quando, por acaso ele vai parar em Budapeste, na Hungria, e acaba apaixonando-se pela língua e por Kriska, uma linda húngara, interpretada por Grabiela Hamori. Depois da primeira visita Costa acaba ficando dividido entre as duas cidades e as duas mulheres.

A verdade é que a história é muito parada, nada surpreendente acontece. A cena de maior, emoção do filme e uma brincadeira de roleta Russa que acontece em um bar em Budapeste, mas que em nada acrescenta ao filme. Contudo, Walter Carvalho fez um bom trabalho na direção, principalmente na questão da interpretação dos principais personagens, Medeiros faz uma interpretação tão boa que você chega a achar que ele é fluente em húngaro, coisa que o ator confidenciou não ser.

Apesar de tudo, o filme vale como experiência, principalmente, para alcançar um contato com outra cultura. O longa estréia na próxima sexta-feira 22 de maio em 80 salas pelo Brasil.

Veja o trailer:

Um comentário:

  1. E ai Dan,
    gostei da sua critica e concordo com o que disse, o filme realmente vale pela experiencia de ter o contato com outra cultura, não o considero como um filme obrigatorio, mas seria otimo se conseguisse uma bilheteria bacana.

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